O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta quarta-feira (28), que não sabe se vai disputar as eleições de 2022. O mandatário tem repetido essa declaração para afastar acusações de campanha eleitoral antecipada.
Ele vem dizendo que o resultado do pleito do ano que vem será passível de questionamento caso o voto impresso não seja aprovado. Há meses, Bolsonaro tem viajado pelo país para inaugurar obras e participar de eventos políticos, como as motociatas.
“QUANTO À POLÍTICA: EU NÃO QUERO ENTRAR EM MUITOS DETALHES AGORA PORQUE A PREOCUPAÇÃO É REALMENTE ADMINISTRAR O BRASIL. É NATURAL, OBVIAMENTE, EU TENHO QUE TER UM PARTIDO POLÍTICO. EU NÃO SEI SE VOU DISPUTAR AS ELEIÇÕES DO ANO QUE VEM, DEVO DISPUTAR, EU NÃO POSSO GARANTIR”, DISSE EM ENTREVISTA À RÁDIO CIDADE LUIS EDUARDO MAGALHÃES (BA).
E confirmou que tem conversado com diversas siglas. “Entre eles, o Partido Progressistas, ao qual eu integrei por aproximadamente 20 anos ao longo de 28 que eu fui deputado federal”, apontou.
Sem partido desde novembro de 2019, quando rompeu com o PSL, legenda pela qual chegou ao Planalto, Bolsonaro tem encontrado dificuldade para encontrar uma nova casa. Ainda em 2019, lançou o Aliança pelo Brasil, mas a agremiação não chegou nem perto de ser criada: os bolsonaristas validaram pouco mais de 20% das assinaturas necessárias na Justiça Eleitoral.
Nos últimos meses, Bolsonaro vinha negociando com o Patriota. Em 31 de maio, o senador Flávio Bolsonaro (RJ) se filiou à legenda e abriu caminho para a ida do pai.
No entanto, convenções do partido para alterar o estatuto da sigla e garantir poderes a Bolsonaro foram contestadas e o presidente da legenda, Adilson Barroso, foi afastado da presidência e tornou-se alvo do Conselho de Ética do Patriota